Alla Sapienza si parla di Fortezza Libano

Il Paese dei cedri e Fortezza Libano al centro della lecture alla Facoltà di Scienze Politiche dell’Università Sapienza di Roma, l’11 novembre 2020. Un’iniziativa del Professor Paolo Sellari, direttore del Dipartimento di Geopolitica.

Saluto introduttivo di Sellari:

Due ore in cui sono intervenuti, dialogando, il Professor Gianfranco Lizza, nel comitato scientifico dell’Istituto di Alti Studi in Geopolitica e Scienze Ausiliarie (IsAG), già docente di Geografia politica ed economica proprio alla Sapienza, e  Fausta Speranza:

Prima parte Lizza:

Seconda parte Lizza:

Parte prima Speranza:

Parte seconda Speranza:

Parte dialogata 1:

Parte dialogata 2:

Parte dialogata 3:

Parte dialogata 4:

A Lisbona a parlare di “Donne, Chiesa e Giornalismo”

Su invito dell’Istituto di Cultura Italiano e dell’Università cattolica di Lisbona, conferenza di Fausta Speranza, poi intervistata dal quotidiano Diario de Noticias: 

Premium Fausta Speranza: “Não conheço mulheres que gostassem de ser padres”

A primeira mulher jornalista da secção de política internacional de L’Osservatore Romano esteve em Lisboa para falar sobre “Mulheres, Igreja, jornalismo – A comunicação como nova fronteira”.

No final da conferência, a jornalista falou ao DN sobre estes tempos em que as mulheres vão ganhando protagonismo na Igreja, numa altura em que o Sínodo da Amazónia antecipa a necessidade de repensar os ministérios das mulheres e em que a Europa política mergulha num caldo de xenofobia, nacionalismos e fake news, alimentado por uma extrema-direita que não tem pudor em atacar o próprio Papa Francisco.

Sobre abusos sexuais e casos de pedofilia, é particularmente dura em respostas aos participantes na conferência. “Como era possível pedir aos divorciados para se manterem afastados do sacramento da eucaristia quando mantinham padres acusados de pedofilia?”, questionou. Nesta conferência, durante a entrevista, Fausta Speranza socorreu-se muitas vezes do seu trabalho para responder, recordando o que o jornal da Santa Sé fez a propósito das eleições europeias de maio.

“Como era possível pedir aos divorciados para se manterem afastados do sacramento da eucaristia quando mantinham padres acusados de pedofilia?”

Fausta é a primeira mulher da secção de política internacional no L’Osservatore Romano. No último ano, o Papa Francisco nomeou mulheres para alguns postos-chave no Vaticano. É importante esta abertura do Vaticano?
É muito importante. Mas creio que isso deve acontecer sempre por critérios de qualidade das pessoas.

Apontou a necessidade de as mulheres não replicarem o poder masculino. Até que ponto as mulheres podem trazer uma visão diferente à Igreja de hoje?
Para já, deviam ser escolhidas por pessoas diferentes, sem essas lógicas de poder como prioridade, que querem e procuram a verdade, que não trabalham para si mesmas, que não procuram pessoas que trabalhem para si mas que procurem o bem comum. Como costumo dizer, quem tem poder no Vaticano deveria mudar-se primeiro a si mesmo, depois escolher as pessoas, as mulheres certas. De outra forma, acabam por escolher apenas as mulheres mais parecidas com eles.

Esta é a mudança de que gosto e de que quero falar, é a mudança que acho que está mesmo a acontecer com este Papa, o Papa Francisco. Alguns poderão dizer que isto não é importante, mas quero realçar que o Papa nomeou pessoas para cardeais que tinham funções que normalmente não implicavam que fossem nomeadas cardeais. Estávamos habituados à ideia do cardeal como a pessoa mais importante, que mais conta, que mais manda, mas o Papa Francisco relembrou que cardeal é o que tem a veste vermelha [está ao serviço dos demais]. Por isso nomeou cardeais que trabalharam no terreno, próximos das pessoas, e não outros que esperavam ser nomeados. É esta a esperança maior. O mais importante é que a gestão do poder não se torne mais importante do que os objetivos que temos.

Sim, absolutamente.

A Europa vive um problema de vocações. E há quem defenda que a ordenação de mulheres poderia ser um caminho para acabar com a desertificação de ordenações. É possível?
Não conheço mulheres que gostassem de ser padres, sacerdotisas. Eu, por exemplo, não quereria ser.

“A Igreja Anglicana abriu novas funções às mulheres [incluindo a ordenação] e não duplicou as suas vocações por isso.”

É possível a Igreja caminhar nessa direção?
Penso que deveríamos antes falar de outras questões. A Igreja Anglicana abriu novas funções às mulheres [incluindo a ordenação] e não duplicou as suas vocações por isso. Gostaria de falar de dados. Acho que isto não está na questão feminina. Há muito a fazer do lado dos leigos e aí as mulheres poderiam entrar muito bem.

Repensando os ministérios das mulheres na Igreja, de um outro serviço na Igreja?
Há muitas coisas que mudam seguramente ao longo dos tempos a nível de sensibilidade. Atualmente, por exemplo, há mais freiras que estudam, comparando com o passado.

Como jornalista que acompanha a política internacional e o debate que se instalou na Europa por causa da extrema-direita, é também um desafio para a Igreja a forma como a extrema-direita está a atuar?
A Igreja, por definição, tenta sempre alertar para o correto. E o primeiro objetivo político da Igreja, aquilo que a distingue – ou melhor, aquilo que deveria distingui-la -, é o bem comum. Os objetivos dos bancos, da finança e de muitos políticos não são o bem comum, têm objetivos diferentes: os bancos querem fazer dinheiro, os políticos querem ser eleitos. O bem comum é uma expressão muito bonita mas também é muito utilizada. A Igreja tem valor político porque tem esta especificidade; quando perdeu de vista o bem comum estragou tudo.

“A Igreja tenta sempre alertar para o correto. E o primeiro objetivo político da Igreja, aquilo que a distingue, é o bem comum. Os objetivos dos bancos, da finança e de muitos políticos não são o bem comum, têm objetivos diferentes.”

No atual contexto da Europa, estes movimentos de extrema-direita não podem minar os esforços do Papa para que haja outro discurso sobre os refugiados, os migrantes, aquele que nos é próximo?
Respondo contando isto: como é que fazemos a cobertura destas situações? No caso das últimas eleições europeias, discutimos no jornal como fazer, demos todos os dados e tentámos discutir os problemas. Como jornalista do L’Osservatore, escrevi vários artigos sobre aquilo que em italiano se chama a dispercezione (desperceção), ou falha de perceção, a diferença entre o que as pessoas acham e aquilo que são os factos. Por exemplo, há muita gente em Itália que pensa que somos o país com o maior número de imigrantes, mas os factos dizem que não é bem assim.

Uma editora pediu-nos todos estes discursos intelectuais, políticos, poéticos e papais – eu acrescentei um por cada papa, desde Pio XII até à atualidade, e fizemos um livro que foi muito procurado, não no meio católico mas nas universidades mais laicas, nos jornais mais laicos. Recebi muitas cartas e mensagens de jornalistas laicos a comentar que achavam que já sabiam tudo isto, mas só relendo estes discursos perceberam que havia coisas que ignoravam ou de que já não se lembravam, e perceberam sobretudo que já existiam alguns receios na altura. Estes discursos dizem precisamente: queremos isto, mas temos medo disto e daquilo.

“A União Europeia nasceu como uma exigência de paz, uma fortaleza da paz. Isto pode parecer quase óbvio, mas estivemos todas estas décadas em paz precisamente porque existe Europa.”

Fizemos isto para concentrar o discurso nas pessoas e nos objetivos – o discurso europeu tinha determinados objetivos, foram atingidos ou não? E o problema foram esses objetivos ou as pessoas? Ainda hoje reler aqueles discursos significa entender que a União Europeia nasceu como uma exigência de paz, uma fortaleza da paz. Isto pode parecer quase óbvio, mas estivemos todas estas décadas em paz precisamente porque existe Europa. Queremos a paz? Queremos a solidariedade entre os povos? Estas são as perguntas que procurámos sempre introduzir em todos os artigos que falam dos projetos políticos.

Falou muito de factos e da verdade dos factos. Hoje fala-se também muito em como as fake news, a informação falsa, corrói a democracia. Não há também o perigo de corroer muito do que se faz na Igreja? Por exemplo, com a influência de Steve Bannon junto de meios ultraconservadores na Igreja.
Devo ser sincera e humilde: não sei. O que sei é que tentámos fazer muitas campanhas contra as fake news, publicando por exemplo sempre a fonte dos relatórios. Descobrimos que estávamos a perder leitores, mas nos últimos tempos também constatámos que muitos regressam ao L’Osservatore, porque não temos a cacha, a grande notícia, mas temos a análise aprofundada das notícias.

 

Luisella Battaglia e Fausta Speranza a Lisbona per il ciclo di incontri “Donne e Religione”

LISBONA\ aise\ – Nell’ambito del Ciclo di Incontri “Donne e Religione”, organizzato dal Centro di Ricerca in Teologia e Studi di Religione dell’Università Cattolica portoghese, in collaborazione con l’Istituto Italiano di Cultura di Lisbona, si terranno presso la sede dell’IIC le conferenze “Custodire il vivente: bioetica e femminile” di Luisella Battaglia (5 giugno) e “Donne, Chiesa e giornalismo. La comunicazione come nuova frontiera” di Fausta Speranza (18 giugno). “Scienza, etica, politica e religione si incrociano oggi nella nozione del femminile in modo inedito e stimolante, in una interdipendenza che deve essere discussa, esplorata, pensata, coniugando la fedeltà alla verità della tradizione, il rispetto incondizionato della dignità umana e l’apertura profetica alla novità”. Luisella Battaglia è presidente dell’Istituto Italiano di Bioetica e membro del Comitato Nazionale per la Bioetica della Presidenza del Consiglio dei Ministri (2018-2022). Già ordinario di Filosofia Morale e Bioetica dell’Università degli Studi di Genova e dell’Istituto Suor Orsola Benincasa di Napoli, è docente del Dottorato di ricerca in Bioetica dell’Università di Genova. Dirige la rivista Argomenti di Bioetica (Ed. Name) e la collana di studi bioetici (Ed. Rubbettino), ha partecipato a numerosi Convegni e seminari di studio, in Italia e all’estero, e ha tenuto corsi di lezioni di ‘Bioetica’ nelle Università di Buenos Aires e di Lima. Da oltre un ventennio collabora alle pagine culturali del Secolo XIX, come esperta di bioetica e di etica pubblica. “È il modo di comunicare che fa dell’informazione conoscenza e intervento sociale. La “verità” della comunicazione è il risultato della “verità dell’informazione” e della sua interpretazione alla luce delle esigenze dei beni comuni della società correttamente riconosciuti”. Fausta Speranza è dal 2016 giornalista inviata della Redazione Esteri de L’Osservatore Romano (prima donna a occuparsi di politica internazionale nel quotidiano della Santa Sede), dopo aver lavorato 25 anni al radiogiornale di Radio Vaticana. Ha collaborato con Limes, RadioRai, Famiglia cristiana, Corriere della Sera e Il Riformista. È autrice di Messico in bilico Viaggio da vertigine nel paese dei paradossi (Infinito Edizioni, 2018) che ha vinto il Premio Giornalismo di Inchiesta Franco Giustolisi. Nel 2011 ha vinto il Premio Giornalismo europeo e, nel 2018, il Premio al Giornalismo Internazionale Libero Bizzarri. (aise)

Che ti è successo Europa?

 

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Sintesi dell’intervento di Fausta Speranza

Ci si interroga su quale futuro abbia il progetto di integrazione dei popoli. Ma forse non ci siamo fatti abbastanza domande sul passato. I “populisti”, che vogliono frantumare l’esistente, sono un effetto di qualcosa, non la causa. Dobbiamo valutare cosa fare in prospettiva, dopo aver capito davvero chi ha costruito cosa, chi ha lasciato falle, e cosa c’è da difendere della costruzione. Potremmo scoprire che ai cittadini serve più Europa e non meno Europa. Al di là degli spot politici e del sensazionalismo dei vecchi e nuovi media.

Come la fotografia di un golfo scattata da una barca, che non potrà avere uguali da nessun punto della terra ferma, solo uscendo dall’Europa, si coglie il peso del baluardo europeo di pace e sviluppo. Nato in reazione al dramma dei nazionalismi, va ben oltre il Nobel per la pace che l’Ue ha guadagnato nel 2012. Un punto di osservazione, per esempio, può essere l’Asia, che, nel boom economico, vive l’anelito ad uno sviluppo umano.

La scommessa è fotografare, con attenzione e verità, la casa comune europea nella sua reale dimensione, senza trascurare tutti gli scatti che si possono fare da vicino: istantanee di scelte pavide sul piano delle istituzioni, ma anche immagini di boigottaggi da parte di singoli leader. Se le scelte fatte a Bruxelles sono troppo lungimiranti e non spendibili in campagna elettorale, alcuni leader puntualmente le rinnegano in patria. Questo è il dramma di un’Europa che prende la rincorsa e poi frena ad ogni tappa di voto, per paura di ripercussioni sull’elettorato. E che, invece, ha finito per scontentare i cittadini con immobilismo e burocrazie.

I vari partiti che, in paesi europei anche molto diversi tra loro, identifichiamo come populisti non sono la causa delle spinte disgregatrici, piuttosto sono il prodotto di scelte al ribasso. Bisogna capire da cosa nascano e il ruolo dei media è fondamentale. La vittoria del partito nazionalista nelle elezioni a metà marzo in Olanda era data per scontata. Il partito è cresciuto ma non ha trionfato. Il rischio è che il sensazionalismo dei media e dei social, sempre più imperante, si sposi meglio con le grida, piuttosto che con i racconti e le spiegazioni, finendo per fomentare l’ansia di picconate. Più rischiosa la situazione per le presidenziali in Francia. Marine Le Pen è arrivata al ballottaggio gridando contro l’euro e contro le istituzioni di Bruxelles, alle quali peraltro ha sottratto fondi in maniera indebita. E ha incassato un 20 per cento di consensi che non si possono non considerare. Ma Macron ha ottenuto acnhe di più catalizzando in fondo la stessa scontentezza verso i vecchi partiti ma a servizio di un rilancio e non di un’abiura del progetto europeo. Schiacciante la sua percentuale nella più colta capitale.

I media – non solo in Gran Bretagna – non hanno mai simpatizzato per una dinamica politica che resta lontana e che è molto difficile da seguire, per tanti aspetti. E tutto il populismo che invade i social non è certo più preparato. Si ritrovano i vecchi slogan dei vecchi politici, che ci hanno abituato a svuotare nello spazio europeo le pattumiere nazionali. Slogan inaspriti dalla rabbia collettiva per un benessere che è venuto meno, per tanti motivi, che sarebbero da analizzare bene.

Non si sente una domanda centrale: perché i nazionalismi dovrebbero gestire meglio i rischi del terrorismo o la sfida del gap sempre più netto tra ricchi sempre più ricchi e poveri sempre più poveri? Se la sovrapproduzione e l’invecchiamento della popolazione sono questioni urgenti per tutto il continente europeo, cosa cambierebbe a rinnegare il parlamento di Strasburgo, unica assemblea che riunisce i rappresentanti del popolo direttamente eletti dai cittadini? In realtà, non è credibile che le frontiere facciano miracoli, che tagliare l’orizzonte, negando la prospettiva sovranazionale, ci aiuti ad avere prospettive di soluzioni più ampie. Non è pensabile che, indebolendo le istituzioni europee, i cittadini contino di più. L’Europarlamento, nato nel 1979 con funzioni rappresentative, con il Trattato di Lisbona, nel 2009, ha ottenuto di contare di più: su alcuni temi ormai è prevista la codecisione con il consiglio dei capi di stato e di governo. Proprio ora sarebbe interesse dei cittadini rinunciarci? In piena crisi, scoppiata intorno al 2007, si ripeteva praticamente lo stesso copione in tutti i paesi: banche sull’orlo del fallimento travolte dalle scelte dirette o dall’onda lunga della finanza creativa, salvate grazie all’intervento dei governi ovviamente subito impegnati a rifarsi sui cittadini. In tutto questo non abbiamo visto gli istituti bancari pagare il prezzo che avrebbero dovuto pagare. Solo ed esclusivamente per iniziativa del parlamento europeo che ha avuto anche la forza di imporla ai capi di stato e di governo, è stata inserita una tassa sulle transazioni bancarie per le stesse banche. Ma nessuno sembra ricordarlo. O saperlo.

Abbiamo assistito nel 1992 alla nascita dell’Unione europea, che doveva dare slancio, incisività e anima all’embrionale Comunità economica europea (Cee), nata nel 1957, proprio con i Trattati di Roma che celebriamo quest’anno, che i elader hanno celebrato con un vertice straordinario il 24 marzo. Abbiamo assistito alla nascita coraggiosa dell’euro e alla miopia dei leader che hanno pensato di lasciare la moneta unica senza politiche monetarie comuni. Sono corsi ai ripari, solo quando la valanga della crisi mondiale aveva già travolto nel 2008 anche l’Europa. Eppure alcuni economisti avevano previsto tutto. E non a caso, a proposito di luoghi comuni e di slogan, la fa sempre da padrone proprio l’odio verso l’euro. Ma in paesi come Italia e Grecia nessuno ricorda che sono stati i mancati controlli governativi a far schizzare i prezzi. E nessuno ricorda mai abbastanza quanto i governi nazionali, prima della moneta unica, abbiano sperperato, ipotecando i beni delle generazioni seguenti con le politiche di debito pubbblico e inflazione, tutte nazionali. Ai giovani cerca indubbiamente di restituire qualcosa Bruxelles quando cerca di imporre agli stati politiche lungimiranti, come quella, per il rispetto dell’ambiente. Certamente, ai giovani toglie qualcosa anche Bruxelles se rinnega il valore fondante della solidarietà e il fulcro di tutto il meglio della civiltà europea: il valore centrale della persona.

A ben guardare, e non certo a livello solo europeo, è venuto meno il concetto di bene comune. Questa dovrebbe essere la vera discriminante, per politici che siano locali, nazionali, o sovranazionali. In tutti i trattati fondatori emerge il valore della solidarietà. E torna anche nella Dichiarazione del vertice di marzo 2017 in cui si è riusciti a ribadire che nell’Europa, che ha per slogan “Uniti nella diversità”, c’è spazio per passi differenti. Altrimenti ci si ferma tutti sull’immobilismo di quanti vorrebbero solo prendere – fondi e opportunità – e non rischiare mai nulla. C’è molto da dire sulle posizioni recenti di paesi dell’est europeo.

E tra gli egoismi nazionali che si fanno più spazio c’è quello di quanti vorrebbero negare che l’immigrazione sia questione epocale, strutturale e dunque europea, in cui tutti devono fare la propria parte. In gioco non c’è la distruzione della costruzione europea, ma un’invasione disperata che nessun muro nazionale potrebbe contenere. Perché i singoli paesi dovrebbero avere più forza contenitiva rispetto all’insieme dei paesi? Di fronte alla massa di gente che fugge dalle guerre in Medio Oriente e dalla fame in Africa, davvero crediamo che basti un muro? E in gioco ci sono anche sfide di cui si parla troppo poco, come la mai completata stabilizzazione dei Balcani occidentali, che restano un preoccupante focolaio di gravissime tensioni.

Nel mondo globalizzato, l’Asia ha alzato la voce e si appresta a farlo anche l’Africa. E’ impossibile vagheggiare una geopolitica mondiale europacentrica e un Occidente dominante. E, di fronte a tutto questo, c’è da chiedersi se, piuttosto che avere bisogno meno Europa, non abbiamo invece urgente necessità di più Europa. Di essere ancorati di più e meglio sui valori della persona e della democrazia che, fuori del territorio europeo, non sono affatto scontati. Ovunque si guardi. La Cina avanza sulla scena mondiale, tra l’altro, anche con la Asia Infrastructure Investment Bank, che sta coinvolgendo già 77 paesi. Dopo gli accordi di Bretton Woods, nel 1944, gli Stati Uniti e alcuni paesi europei hanno pensato di imprimere un ordine economico mondiale gestendo Banca mondiale e Fondo monetario internazionale (Fmi) , rispettivamente controllati da Washington e da Bruxelles. Poi, è stata storia di miopia nel non voler vedere che l’assetto mondiale cambiava, e di immobilità nel non voler aprire ad altri protagonisti della globalizzazione. Il più grosso limite dell’Europa è stato che i singoli governi non hanno mai voluto cedere più di tanto sovranità e dunque ancora attualmente a rappresentare l’Europa al Fmi non c’è una voce che possa farsi sentire ma ci sono le voci di ogni singolo paese, anche per l’eurogruppo non c’è un rappresentanti che unifichi le posizioni dei paesi dell’area euro. Questi sono i passi che dovremmo reclamare: più coesione per difendere il bene comune dei cittadini europei, dei mercati europei, dei lavoratori europei, di fronte alla valanga cinese.

In ogni caso, le prospettive si ampliano davvero se si guarda al cielo. L’Europa ritrova sana vitalità se ritrova il respiro della dimensione spirituale che era dei padri fondatori, capaci di rilanciare sugli individualismi, sul clamore dei proclami vuoti, sulla banalità della litigiosità.

26 Aprile 2017, Università Suor Orsola Benincasa, Napoli

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Quando l’impresa fa inclusione sociale

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Fausta Speranza modera l’incontro di presentazione del simposio internazionale organizzato  in Vaticano sul tema:  “I leader d’impresa, agenti di inclusione economica e sociale”, il 17 e 18 Novembre. 500 gli ospiti da 40 paesi. A promuovere l’iniziativa, mons. Silvano Maria Tomasi, già Osservatore permanente della Santa Sede alla sede Onu di Ginevra e Josè Maria Simone, presidente  della conferenza internazionale delle associazioni di imprenditori cristiani (Uniapac).

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La sfida urgente di un nuovo Umanesimo

La forza della cultura intesa non solo come istruzione ma anche come educazione capace di formare gli individui: al centro dell’incontro promosso dall’Aimc, l’Associazione italiana maestri cattolici, dal titolo “Educazione e nuovo umanesimo”, a Roma il 22 settembre 2015. Un confronto tra il mondo della scuola a diversi livelli, la politica e il giornalismo.
Intervenuti tra gli altri, Rosa de Pasquale, capo Dipartimento Istruzione MIUR;
Don Filippo Morlacchi, direttore dell’Ufficio per la pastorale scolastica del Vicariato;
Gerardo Marotta, presidente Istituto Italiano per gli Studi filosofici;
Gianni Notari, gesuita, docente di Antropologia Culturale:
Maria Pia Garavaglia, presidente IASS-Istituto per l’Analisi dello Stato Sociale-Milano;
Gian Carlo Perego, direttore Fondazione Migrantes-CEI;
Fausta Speranza, giornalista di Radio Vaticana.

Un intervento di Fausta Speranza

Un intervento di Padre Gianni Notari

 

«Dignità e non carità»: Strasburgo tra il Papa e i diritti umani

«Dignity, not charity», il presidente della Commissione Internazionale di Bioetica ha iniziato il suo discorso citando una frase di Papa Francesco (Napolitano lo ha visitato a sorpresa) stamattina a Tor Vergata, davanti agli ospiti e agli universitari. Premio Sakharov per la libertà di pensiero, e diritti umani di uomini e donne sono sul tavolo dell’Unione Europea da decenni. L’anno scorso questo ambitissimo premio lo ha vinto Malala: il trofeo ha spopolato anche in seguito al Nobel 2014. Il Nobel della ragazza pakistana che sfidò i talebani. Stamattina, però, in un ambiente confortevole e à la page, si è parlato anche di diritti dei più piccoli, proprio nel 25esimo anniversario per i Diritti dell’Infanzia. Quasi due bambini europei su cinque (uno su quattro in Italia), vivono in condizioni abitative inadeguate, con il tetto che perde, fondamenta, muri, pavimenti o infissi umidi e danneggiati. Come è stato sottolineato, la percentuale di minori a rischio povertà o esclusione sociale nei Paesi Ue, è cresciuta in media dal 55,3% al 61%, per i figli di genitori con un basso livello di istruzione. E va anche ricordato che la Carta dei diritti fondamentali dell’Unione Europea, all’articolo 24, riconosce il «diritto dei bambini e alle cure necessarie per il loro benessere».

Oggi, a Tor Vergata, oltre al vicepresidente del Parlamento Europeo Antonio Tajani, al presidente della Commissione Internazionale di Bioetica, al rettore Giuseppe Novelli, al professor Gustavo Piga, e alla moderatrice Fausta Speranza, c’era anche il Premio Sakharov 2005 Hauwa Ibraim, una donna dal carattere forte e delicato insieme, come soltanto l’altra metà del cielo può essere. Anche lei è sulla scia del pensiero diMalala, in quanto a lotte per il diritto all’istruzione. «Non abbiamo i libri, non abbiamo le classi, e questo non succede in nessun altro Continente. Dobbiamo andare oltre la retorica, in modo che tutti riescano a possedere le stesse qualità. Andiamo oltre i 50 mila euro che danno con il Sakharov. Abbiamo molte risorse, e possiamo diventare innovativi». Il professor Novelli ha inoltre fatto notare che «Grazie al progetto Dream, c’è stata una diminuzione del 70%, con un costo molto contenuto. Oggi abbiamo il 25esimo anniversario dei diritti dell’Infanzia, e abbiamo una diminuzione della mortalità. Ci occorre fare appello alla Scienza».

Il Premio Sakharov, visto che anche l’anniversario per i Diritti dell’Infanzia è stato inserito in questo contesto, è un premio ambitissimo. E la sua storia non nasconde qualche curiosità: l’anno scorso, oltre alla vittoria di Malala, ci fu anche la presenza di Farinas, il ventennale dissidente cubano, a cui tempo prima non fu permesso il viaggio a Strasburgo, che gli avrebbe consentito di ritirare il Premio. Quest’anno, accanto al medico africano, va sottolineata anche la presenza del Movimento Euromaidan, ucraino e antiscissionista. Di conseguenza fondamentalmente europeista (la diatriba dei leader europei di contestazione alla politica di Putin è storica). Non solo. Martedì il Pontefice sarà a Strasburgo, per il suo primo viaggio. E questo cade proprio in concomitanza con la consegna del Premio Sakharov: una vera e propria Festa, a cui parteciperà anche il Premier Matteo Renzi e, accanto a lui, i principali diplomatici europei e internazionali. Si «temono» manifestazioni, all’esterno del Parlamento Europeo: in primis quella delle Femen, che hanno assicurato la loro presenza in piazza San Pietro, poi in televisione, infine a Strasburgo, dove avrebbero annunciato di andare. La loro prima battaglia fu quella contro la prostituzione in Ucraina, accanto a ciò proteste «nude look», in senso stretto: esibizionismo come forma di protesta. Tutto ciò ha creato malumori nell’ordine pubblico, facendo in un certo senso «sfiorire» gli ideali delle femen. Martedì sarà anche un gran giorno: l’evento è eccezionale: sono tutti in attesa del discorso, che ricorda quello dei Grandi, da Malala all’Onu in su.
Simona Caporilli
21 novembre 2014